No âmago
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No âmago, todos os humanos são iguais. No entanto, únicos.
— Então quando nos tornamos pessoas diferentes, lutando para estabelecer nossos próprios ideais?
Quando começamos a colecionar coisas, a nos apegar ao material, à mente, esquecemos que estamos no coração, que somos compreensão, não certeza. A vida é misteriosa. Não há ideal. Há apenas o agora.
No fundo, todos queremos viver agora. Queremos ser, queremos existir. Por isso não deveríamos lutar contra o outro, mas sim buscar compreensão. Compreender quem somos, e então, compreender o outro.
Não há ideal, porque não há certeza. A vida muda. Esse é o sentido da impermanência.
A certeza fecha nossos olhos e nos transforma em máquinas que respondem a comandos — se isto, aquilo…
Quando você é capaz de compreender, é capaz de amar, de construir compaixão, de se relacionar.
Não deveríamos seguir aqueles que nos prometem certeza. Não deveríamos seguir aqueles que nos prometem dar “conhecimento”. A certeza é barata e podemos encontrá-la em qualquer lugar — qualquer mensagem pode te dar a certeza de qualquer coisa.
Compreensão é construção; portanto, ela é sólida, pertence a você. Enquanto a certeza pode te dar segurança, a compreensão te dará vida.
Quando começamos a colecionar coisas, começamos a construir nosso ego. O ego busca poder, não amor; portanto, ele não dará amor. O ego busca provocar medo, ele não conhece respeito; portanto, ele não respeitará.
Relações de poder são fundamentadas no medo e na guerra e na certeza, enquanto respeito e amor e compreensão são bases de relacionamentos reais.
A certeza é comando. A compreensão é liberdade. E nos padrões da certeza, nem mesmo aqueles que comandam são livres.
A certeza mata. A compreensão está viva. Que então possamos viver a vida sem padrões e experimentar, com responsabilidade, respeito e amor. Que possamos compreender os outros.
Então seremos livres. Então viveremos. Esse é o propósito do ser humano.
Não somos máquinas.

Que possamos aproveitar o banquete da sabedoria e nos livrar da prisão do esquecimento — do esquecimento de quem somos, no âmago.
Com amor, Bhuvi
भुवि ♥️
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